Meus pêsames aos colorados que não foram ao jogo de ontem. Porque foi um baita jogaço de bola. E porque o Colorado venceu, superando a si mesmo, algo que não acontece sempre. A verdade é que o Inter começou o jogo pedindo para perder, dando espaços para o Santos e deixando se envolver pelo seu excelente futebol. Tanto que o time da Vila Belmiro teve um pênalti perdido (cobrado displicentemente por Robinho) e um gol assinalado por Elano, para mim, o melhor jogador da equipe.
Mas duas coisas mudaram o panorama do jogo no segundo tempo. A primeira, deve ter sido a carraspana que o Muricy deu nos seus comandados. Merecida, diga-se de passagem. A segunda, foi a entrada de Diego no lugar do desmaiado Didi. Sem a “referência na área”, o Inter começou a produzir subidas rápidas e insinuantes aplicadas pela dupla Diego e Sobis. Foram vários dribles, cruzamentos e tiros a gol, complementados por uma forte marcação, principalmente sobre Robinho e Deivid, que por isto, tiveram uma atuação muito fraca.
O esforço não foi em vão. Aos 12 minutos, em uma falta que partiu dos pés de Chiquinho, Vinícius subiu mais que todos e estufou a rede santista, empatando o jogo. A pressão continuou e logo aos 18 em um novo cruzamento, agora por Élder Granja, a bola foi de encontro à cabeça de Fernandão, atravessou a trave e morreu mansamente na meta do goleiro Mauro. O estádio veio abaixo e não se escutava nada além do urro de alegria da torcida colorada.
A pressão continuou até o fim, mesmo depois de um ou dois chutes ridículos do Santos, que não conseguiu esboçar uma reação. Não tinha como, a noite era definitivamente da força vermelha.