Um almoço sozinho, como de costume (sem fone dessa vez), um período para observar o funcionamento de um praça de alimentação em um prédio de escritórios (dos grandes).
Não demorou muito e me veio a cabeça essa imagem que segue no post. MJ dançando com seus amigos zoombis no filme Thriller. Super animados, com aquele requebrado de um bom dançarino de street dance!
Em todas as mesas, a conversa era trabalho. Todos os assuntos giraram entre a obstinação por metas numéricas, desafios enormes (“to sem voltar para casa, mas é um baita desafio”), falta de tempo porque o foco é a carreira, frases motivacionais. Em meio dessa chuva de “energia” no discurso, as caras eram de zumbis com seus crachás devidamente pendurados ao pescoço. Papos “animados”, mas com pouca vida.
Ficar em casa por algum tempo faz isso… Relembrar que há vida pessoa física! Há vida, muito mais vida, além dos crachás.
E veja, não estou falando que você precisa ficar em casa vivendo de luz não. O mundo é capitalista e o trabalho continua te dando significado em uma vida comunitária. Mudar os padrões e ficar apertado de grana, de uma hora para a outra, não é para os fracos. Não é legal. Seria uma grande hipocrisia minha ir nessa linha. Mas te faço um convite para revisitar seus planos, sonhos, desejos, motivações e propósitos.Nunca é tarde. Aqueles da época de faculdade já são bons para começar.
Há vida e possibilidades quando se pula (ou é “pulado”, como foi meu caso) para fora do barco.
Mora aí a conta saudável entre vida e trabalho (com ideal e sonho). Como fazer? Ainda estou descobrindo, primeiro tendo claro o que não quero mais pra mim.
Se essa ideia não te apetecer, aproveite a dança com o Michael, consciente de que está nela. Vale, também, se resignar com a notícia de que há vida além do crachá.