Quando a maioria das pessoas olha pra essa pergunta, pensa em dinheiro. Salário. Faturamento. Preciso de 5, 10, 50, 500 mil por mês. O número pode variar. Mas o que a pandemia escancarou é que existem coisas mais valiosas na vida do que dinheiro.
Por isso, quando eu pergunto “De quanto você precisa para viver?”, eu falo de quantificar outras coisas: momentos emoções. De quantos abraços do seu filho você precisa para viver? Quantos banhos de mar? Quantos beijos do amor da sua vida? Difícil colocar em números, né. Agora, muita coisa está de cabeça pro ar. Mas parece que assim, suspensos da rotina como costumava ser, percebemos coisas que eram importantes na sua singeleza. Mas nem sempre percebidas com toda a sua grandeza.
Meu filho ama animais. Quando eu levava ele pra escola, muitas vezes ele parava no meio do caminho pra ver bichinhos. Podia ser formiga, borboleta, passarinho, minhocas. Sim, como dá pra ver na foto o Lucca AMA minhocas. Assim que avistava um bichinho, ele parava e aquele momento era a coisa mais importante do mundo pra ele.
As crianças são sábias porque, pra elas não existe muito claro nem o passado nem o futuro. O que existe é o presente. E imerso naquele momento meu filho perdia a noção do tempo. No começo, me pegava pensando “Puxa, tenho tanta coisa pra fazer e a gente aqui, parado”.
Depois de um tempo, comecei a entender que, sempre que fosse possível (e sinceramente, sempre é, o adulto é que complica as coisas), eu devia participar daquele momento sem ansiedade, sem pensar no depois. Entrar naquele universo de questionamentos “Será que essa formiga tá levando comida pros filhos?”, “Pai, minhoca tem olho?” e entender que isso tem um valor inestimável.
Eu preciso de muitos momentos como esse para viver. Sem pressa, com foco no aqui e agora, no que é realmente importante. E sabe de uma coisa, percebi que sou rico, milionário, trilhardário. E essa riqueza ninguém me tira.