Duas questões que a Copa do Mundo no Brasil nos traz à reflexão

Tenho acompanhado os debates sobre os preços abusivos das passagens na época da Copa e me chamou atenção um texto do Ricardo Freire, onde ele faz um contraponto, mas principalmente chama a atenção para diversas coisas: “O mérito da matéria foi ter provocado uma discussão que deveria ter acontecido no dia seguinte à escolha do Brasil como sede da Copa. Por que diabos ainda não temos um plano logístico para os deslocamentos aéreos durante a Copa? Por que a ANAC, o Ministério do Turismo e a Embratur ainda não sentaram com as aéreas para falar sobre o assunto? Como serão reforçadas as rotas dos jogos mais importantes? O que fazer com a torcida da Itália, que só saberá no último dia da fase de grupos se o próximo jogo vai ser em Manaus ou em Porto Alegre? (Eu faço essa pergunta há ANOS.) Vamos ter vôos fretados? (Temos tempo hábil para atrair charteiras até a Copa?)”.

Para mim, esta copa só está mostrando o quanto estamos despreparados e que como não temos nada da “criatividade brasileira para resolver os problemas”, no final das contas. Vai ser tudo um caos.

Para mim, dois pontos são essenciais:

1) Por que teremos DOZE sedes, neste país continental? Mesmo assim, dentro dessas 12, porque não agrupar por localidade e já deixar definido quem vai jogar onde? (Tem seleções que vão jogar uma partida em Porto Alegre e outra no Nordeste. Para quê?)

2) Por que o Governo Federal (para quem não sabe, DONO de todo o dinheiro que o país produz) não faz seu papel, que é o de prover INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES para o país? Somos um país essencialmente rodoviário, o que e um fracasso para esse tipo de evento. Na malha aeroviária, temos um cartel. Trem não existe. Navio, só para carga e olhe lá. Enfim, um desastre.