Adeus, pirataria!

Eu sempre procuro comprar toda a obra intelectual que disfruto: músicas, livros, filmes etc. Infelizmente, não tenho todo o dinheiro do mundo para fazê-lo e isso foi sempre minha reclamação: a SUPER valorização de várias coisas.

Pois bem: parece que um cantor sertanejo nacional encontrou uma solução para o alto valor dos CDs (que chegam a 30 reais!). Segundo ele, um disco poderá custar QUATRO reais! (Eu acho razoável até R$ 12!)

Não acredita? Leia aí embaixo, direto do blog dos Walverdes.

Tem gente no meu quarto ATÉ fazendo orgia
Álbuns originais por R$ 4,00? Conheça o SMD

Por Paulo Luis Santos

O preço dos CDs originais é considerado por muita
gente um absurdo. Pagar por volta de R$ 30,00 por um
álbum de qualquer artista dói no bolso de muitos. Isso
certamente estimulou o crescimento da pirataria no
Brasil, que oferece os CDs por, em média R$ 5,00. Pois
apareceu uma alternativa ao CD que pode mudar isso.

A empresa Rádio Mídia desenvolveu um novo formato de
mídia que permite a venda de álbuns originais por R$
4,00. Isso mesmo, você paga R$ 4,00 (o preço vem
impresso na capa) e tem o disco de verdade, não
pirata, do seu artista em mãos. É o Semi-Metalic Disc
(SMD), e os primeiros lançamentos são das duplas
sertanejas Chrystian & Ralf e Marcelo & Gabriel.

“Nós decidimos combater a pirataria pelo meio que
concluímos ser o único possível: baixando o preço”,
revela Cristina Monteiro, diretora comercial da Rádio
Mídia.

“A qualidade é a mesma do CD”, garante Monteiro. “Têm
saído coisas por aí dizendo que só cabem três ou
quatro músicas no SMD, mas é mentira: cabem até 70
minutos de música”. E ela promete: “toca em qualquer
aparelho, ninguém vai precisar comprar um toca-CD novo
para rodar o SMD”.

Os custos de produção de um álbum foram baixados em
quase 80%. Isso acontece por causa de alguns fatores:
a embalagem é de papelão, com a arte impressa nela
própria, por isso não há encarte. Os dados técnicos do
disco ficam impressos na própria mídia, que tem um
trecho transparente.

“Além disso, com o SMD você ganha no volume de vendas.
O lucro de cada uma das partes envolvidas é limitado e
ninguém vai ter uma margem altíssima”, explica
Cristina. A empresa diz que o lojista terá 25 % de
lucro na venda de cada unidade.

Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores
de Discos (ABPD), 60% das vendas de CDs em 2003
aconteceu no mercado pirata – isso representa
aproximadamente 65 milhões de discos. A idéia da Rádio
Mídia é conquistar esse mercado oferecendo um produto
ainda mais barato.

O projeto, que tem patente brasileira, foi
desenvolvido em três anos e contou com apoio do
Ministério da Ciência e Tecnologia. Na equipe há um
braço artístico, um braço publicitário e um braço
judicial, além do pessoal de tecnologia, para
desenvolver o conceito do SMD sem infringir qualquer
lei nem lesar o conteúdo artístico.

Novos horizontes?

Com a nova tecnologia, abre-se uma série de
possibilidades para o mercado musical brasileiro. “A
pirataria fez as gravadoras investirem pouco em novos
talentos e isso criou um déficit no mercado. Hoje você
tem dezenas de técnicos, músicos desempregados,
estúdios fechados…”, analisa Monteiro.

“O SMD vai fomentar esse mercado e gerar empregos”,
projeta a diretora. Com isso, ela espera que novos
talentos tenham mais facilidade para ingressar no meio
fonográfico.

Mas você pode imaginar que as gravadoras não aceitaram
essa idéia de bate-pronto. Por isso mesmo, a Rádio
Mídia fundou o selo César Augusto, do produtor de
mesmo nome, para lançar os primeiros SMDs. Artistas
interessados podem entrar em contato pelo telefone
(11) 3285-3626.

“O artista independente também vai sair ganhando, já
que terá a oportunidade de produzir seu trabalho com
um custo muito inferior”, observa Monteiro,
ressaltando que o selo trabalhará com artistas de
qualquer estilo, não só sertanejo.

Mais em:
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/385/negocios/ralf.htm
http://www.chrystianeralf.com/smd.htm