Terminei o ano separando as situações com duas palavras que, pelo menos pra mim, definem a melhor descoberta de 2015. Hostilidade e Empatia.
Não vou entrar numa autoajuda Perdas e Ganhos mas tem uma espécie de radar que aponta: fui bem tratado, mas esse lugar é hostil. Equipe hostil, tem chefe hostil, constato. Deixa eu sair daqui.
E aí tu insiste, lá é outro nome, outro endereço, não importa, se for o mesmo dono hostil, o lugar terá um ambiente hostil. Essa palavra tem origem no latim hostilis, sendo que hostis significa inimigo. O que mais tem é sorriso hostil, acorda Alice de alegria fabricada. Tu já chegas com saudades da tua casa.
Mas nem tudo está perdido, quem descobre a sutileza de comportamentos hostis nas relações da vida acaba abrindo outra porta: A empatia. Ser empático é ter afinidades e se identificar com outra pessoa, quando alguém diz “houve uma empatia imediata entre nós”, isso significa que houve uma identificação imediata, define o Google.
Não dá pra disfarçar e tentar forjar empatia. O corpo mente mal. Ia tudo tão bem e ela solta: Ele é tão bonito, pena que é gay, que desperdício. Desperdiçar é não dar uso, jogar fora algo bom. Adeus empatia.
A palavra tem origem no termo grego empatheia, que significa paixão. Significa compreender o psicológico de outros indivíduos. É um sentimento até um pouco egoísta, ser empático é estar aberto, e descobri que empatia chama empatia.
O difícil é tentar deixar de lado os pensamentos negativos e barrar a hostilidade nata que nos acompanha o raciocínio, nesse mundo cão onde já chegamos atacando por pura defesa. Vai ter sempre alguém achando a tua empatia uma frescura inútil. Essa pessoa é hostil.
Mas como o mundo tá cheio de pessoas empáticas, eu ligo o radar e sigo em frente.