Um ensinamento do monge budista Genshô nos orienta a não criar a sensação de campos opostos em um debate.
No trabalho e em reuniões jamais diga “discordo”. Apresente uma pergunta para que o outro possa se estender sobre o ponto, uma pergunta que faça com que o assunto a que você se opõe seja esclarecido. Você evitará o confronto, a oposição natural do outro quando você discorda, ou diz “não penso assim”.
Esta simples conduta educada facilita tudo, pois não cria a sensação de campos opostos, de eu aqui e você ali. Quando você fala com uma pessoa que provavelmente, por formação, conhece mais do que você sobre um assunto, isto é ainda mais importante. É natural que, por vaidade, quando expressamos uma opinião nos agarramos a ela e a defendemos acirradamente mesmo quando está claro que estamos errados.
Este tema é ainda mais relevante numa lista budista, é recomendável que não digamos “discordo” para ninguém, afinal ideias diferentes existem. Peça esclarecimento, pergunte, apresente seu argumento como se fora uma dúvida.
A conversa será mais produtiva e você mesmo não precisará defender uma posição porque se colocou nela por antecipação antes de saber absolutamente tudo sobre o tema, coisa praticamente impossível no Budismo.