Brasil ganha um novo ministro da Casa Civil e todos nós saímos perdendo

Escrevo este texto depois de saber que é verdade que a presidente Dilma Rousseff convidou Lula para ser ministro da Casa Civil e ele, acossado por suspeitas de ocultação de bens e corrupção, obviamente aceitou.

Muitos acham que o PT “revidou a direita” e que isso foi um “golpe contra o Moro”.

Eu tenho uma outra visão, muito simples, na verdade. O partido que era tido como “esperança de tempos melhores” se mostrou tão picareta quanto os últimos que estiveram antes dele.

Para mim, isso é o mesmo caminho que Vladímir Putin construiu para se perpetuar no poder na Rússia.

Isso não é uma “afronta”, é simplesmente triste. Não aprendemos nada. Nossos líderes são uns fracassados.

Sei que muitos adoram o Lula e que veem os últimos acontecimentos como uma “guerra da direita contra a esquerda”, então lhes digo: lembrem-se que o “grande líder” pode usar o culto à sua personalidade como uma arma muito perigosa em benefício próprio e de sua aristocracia (traduzindo: os baba-ovos de plantão).

E não me venham compará-lo com Getúlio ou Jango. Estes pelo menos tinham um projeto para o país.

Até agora, nosso governo atual não foi muito mais que o Bolsa-Família e o Minha Casa, Minha Vida, além de botar a culpa dos fracassos na mídia, na oposição e daqui a pouco, nos Estados Unidos, quando faltar papel higiênico.

O governo não soube lidar com a pressão vinda de todos os lados (causada por suas ações, bem dito) e imagina que usando a carta Trunfo Lula vai trazer a opinião pública para seu lado e que tudo vai ficar bem, porque o ex-presidente sabe fazer uma “articulação” como ninguém.

Talvez a solução para o país seja a articulação mesmo e eu, sendo um prático, não sei de nada mesmo.